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domingo, 8 de janeiro de 2017
SÃO RAIMUNDO NONATO
Raimundo, cognominado Nonato, filho de pais
nobres, porém destituídos de fortuna, nasceu em 1204, em Portel, na Catalunha.
Menino ainda, mostrava muita propensão para práticas de piedade e já era fiel
cumpridor dos deveres. O pai, porém, observando no filho uma certa inclinação
para o estado religioso, encarregou-o da administração de uma pequena fazenda.
Raimundo obedeceu prontamente. A vida tranqüila do campo, em vez de
absorver-lhe as idéias religiosas, ainda mais as favoreceu. Foi na solidão que
no espírito lhe amadureceu a resolução de dedicar-se unicamente a Deus, na
Ordem de Nossa Senhora das Mercês, chamada também de Misericórdia da Redenção
dos Cativos; Ordem que, havia pouco, tinha sido fundada por Pedro Nolasco.
Nesta resolução grandemente influiu a devoção a Maria Santíssima, sua divina
Mãe, a quem se consagrou inteiramente.
No sítio onde estava, havia uma pequena capela,
dedicada à Rainha do Céu. Lá, aos pés do altar de Nossa Senhora, Raimundo
passava horas, em doce colóquio com a Mãe de Jesus. As flores mais belas que
encontrava, levava-as à capela, para enfeitar o altar e a imagem da Mãe
protetora. A flor, porém, de todas a mais preciosa, que ofereceu a Maria, foi a
pureza do coração, junto com a promessa de entrar na Ordem já mencionada.
Foi por intermédio do padrinho, o Conde de
Cardona, que alcançou o consentimento do pai para se incorporar à Ordem das
Mercês. Sem mais delongas, seguiu para Barcelona, onde, das mãos do fundador,
recebeu o hábito branco com a cruz azul-vermelha.
Raimundo, uma vez membro da Ordem, dedicou-se ao
estudo das ciências teológicas, principalmente da arte hetórica e recebeu o
sacramento da Ordem. Pregador eloqüentíssimo, ardente de zelo pela causa de
Deus pela salvação das almas, bem fundado na piedade, o jovem sacerdote
apresentava todos os requisitos de missionário, como a Ordem necessitava para a
difícil tarefa de resgatar a Algéria, onde libertou cento e cinqüenta cristãos
das mãos dos mulçumanos.
No ano de 1235 vemo-lo em Roma, para onde o
conduziram negócios urgentes da Ordem. Alcançada a aprovação pontifícia da
Regra, com a bênção do Papa Gregório IX, voltou para a África. Lá esteve a
satisfação de poder libertar mais de 228 cristãos e entregá-los às respectivas
famílias. Quando, porém, os recursos começaram a falhar, Raimundo ofereceu-se a
si mesmo como refém, pela liberdade daqueles cristãos que mais sofriam e cuja
fé em maior perigo se achava a naufragar. Com bom ânimo sofreu todos os maus
tratos, a inclemência do sol abrasador africano e as torturas a que os
mulçumanos o sujeitavam. Com palavras de conforto e pelo exemplo, reanimava os
pobres cristãos, que dificilmente suportavam as cadeias da escravidão. Uma
atenção particular dava àqueles infelizes que tinham renegado a fé cristã, para
obter um alívio nas torturas e um tratamento mais humano por parte dos
Sarracenos. Tão insistentes vieram os pedidos, tão irresistíveis os argumentos,
que muitos dos infelizes apóstatas voltaram arrependidos ao seio da Igreja e
faziam penitência. O zelo estendeu-se até aos próprios Sarracenos, aos quais
pregou o Santo Evangelho, e com tão bom resultado que, entre eles, alguns dos
mais nobres se converteram ao cristianismo.
Isso fez desencadear uma terrível tempestade
contra o santo missionário. Os magistrados Sarracenos condenaram-no a penas
crudelíssimas e só o receio de perder resgates fez com que não condenassem à
morte. Mas os juízes desumanos excogitaram um modo verdadeiramente diabólico de
não só cruciar o homem de Deus, mas impossibilitar-lhe a pregação. Mandaram-lhe
perfurar com ferro em brasa os dois lábios e fechá-los com cadeados. Assim,
pensaram que o nobre homem não falaria mais de Cristo e não enganaria os filhos
do grande profeta. Raimundo sofreu durante oito meses prisão duríssima e atrozes
torturas. Se os lábios lhe estavam vedados de pregar, mais eloqüentemente
falavam as feridas, mais alto bradavam as cadeias, mais persuadiam as dores e a
resignação do servo de Deus. O cárcere era constantemente visitado por cristãos
e sarracenos que, vendo o santo missionário no martírio, lhe edificavam pelo
exemplo raríssimo que lhes dava fé e constância.
Com a chegada de novos missionários, veio também
a libertação para Raimundo e, com a libertação, uma nova era de trabalhos
apostólicos. Chamado pelo superior à Espanha, para lá seguiu onde o esperava
alta e justa recompensa. O Papa Gregório IX tinha-o elevado à dignidade de
Cardeal da Santa Igreja, em atenção a suas altas e raras virtudes, como também
aos seus grandes merecimentos. A entrada do missionário em Barcelona foi
equivalente a uma verdadeira apoteose. O povo barcelonense levou-o entre
aclamações jubilosas, ao palácio cardinalício. Raimundo, porém, preferiu
continuar a vida de religioso e trocou os salões do palácio pela cela do
convento.
Quanto alguém externava estranheza por vê-lo
proceder assim, Raimundo, com a amabilidade que lhe era própria, respondia:
“humildade e dignidade são duas irmãs que se querem muito e mutuamente se
apóiam”.
No ano de 1240 o Papa o chamou à Roma. Numa
viagem a Cardona, onde morava seu padrinho e benfeitor, o cardeal adoeceu
gravemente. Sentindo a morte aproximar-se, Raimundo preparou-se para a última e
grande viagem. Recebeu o Santo Viático das mãos de um anjo e morreu no dia 31
de agosto de 1240, na idade de 37 anos. O Papa Alexandre inseriu-lhe o nome no
catálogo dos santos da Igreja.
O Conde de Cardona, a cidade de Barcelona e a
Ordem a que Raimundo pertencia disputavam entre si a posse do corpo do santo.
Para se obter uma decisão imparcial, o cadáver do mesmo foi colocado em uma
carruagem puxada por uma mula cega. Esta, guiada por forças invisíveis, tomou
rumo para a capela de Nossa Senhora, no alto da montanha, onde Raimundo tinha
lançado o fundamento de sua vida religiosa. Lá, o sepultaram e da capela foi feito
um templo magnífico e um santuário freqüentadíssimo. São Pedro Nolasco erigiu
no mesmo local um convento da Ordem.
FONTE - INTERNET
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Quem sou eu
- JOTA MARIA
- STPM JOTA MARIA, AMIGO DE TODAS ÀS HORAS, HONESTO, HUMILDE E SINCERO; AMO AO MEU PRÓXIMO COMO A MIM MESMO E ACREDITO 100 POR CENTO NA EXISTÊNCIA DE DEUS